A intervenção artística cria o meio de interação social, o diálogo entre a obra, o público e o espaço. Pretende projectar uma maior visibilidade do modo como o espaço se relaciona com o público transeunte. O espaço torna-se um corpo e é visto como meio de evasão do cenário real para o cenário imaginário.
O projecto propõe a análise da visibilidade do espaço público integrado no conceito da cidade como espaço de exposição, preencher e dar corpo, através da experiência de intervenção artística – site-specific.
As cidades são organogramas complexos com regras e sentidos específicos que definem trajectórias. Somos comandados para as obedecer, e acabamos por nos esquecer das pequenas histórias que nelas habitam, histórias que num sentido figurado poderão surgir de um pequeno detalhe da pedra da calçada ou da talha da fachada. O projecto “Moving” 1Questão de Espaço! também define uma trajectória para o público transeunte, através de figuras simples, expostas em diferentes espaços da cidade (Faro), pretende que o público observe o lugar, sinta a sua essência como espaço e crie a sua própria interpretação, dando assim inicio ao diálogo artístico com a obra e o espaço.
O conceito de espaço efémero integrado na cidade criativa, desenvolve a criação desse diálogo, com o espaço da cidade contemporânea e seu público, que se torna no espectador atento e na percepção do espaço relacional como forma de proximidade. O diálogo que proponho tem o propósito de (re)descobrir a cidade, na procura de outros espaços e outros olhares que intervêm com a realidade no encontro do lugar. Ao (re)ver as ruas ou espaços de circulação transitória, vamos perceber o significado das imagens: formas, cores, e sons.
